Baterias Embu das Artes
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Embu das Artes - SP
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Bateria Embu das Artes Atende nas Principais Ruas e Avenidas de Embu das Artes:
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- Alameda Fernando Batista Medina
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- Largo Jesuítas
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- Rua Machado de Assis
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- Largo Jesuítas
- Travessa Manoel José da Costa
- Rua Padre Belchior de Pontes
- Rua Matões
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- Viela Riachão
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- Travessa Doutor Levy Sodré
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Embu das Artes
Embu das Artes, ou simplesmente Embu é um município da Região Metropolitana de São Paulo, na Microrregião de Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se na Zona Sudoeste da Grande São Paulo, em conformidade com a lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011[6] e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI)[7]. Sua população estimada em 2009 era de 248 722 habitantes. A sua área é de 70,1 km², o que resulta em uma densidade demográfica de 3 508,3 hab/km². É considerado, oficialmente, uma estância turística.
Sua história curiosa lhe trouxe uma especialização contemporânea imprevista: ser uma cidade especialmente vocacionada para acolher artistas. Isto aporta dividendos turísticos à cidade.
Topônimo
"Embu" é uma corruptela do nome da aldeia jesuítica que deu origem à cidade: Mboy. Existem duas propostas etimológicas para o topônimo Mboy:
- é um termo oriundo do tupi antigo mboî'y ("rio das cobras", a partir da junção dos termos mboîa, "cobra" e 'y , "rio")[8][9][10]
- se origina do termo tupi antigo mboîa ("cobras").[11]
Estância Turística
Embu das Artes é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
História
Fundada pelos jesuítas provavelmente em 18 de julho de 1554, a aldeia de Bohi, hoje Estância Turística de Embu das Artes, só começou a ser uma cidade independente a partir de 18 de fevereiro de 1959, data em que foi criado o município de Embu, desmembrado de Itapecerica da Serra e Cotia. Até o século XVI, a região era habitada pelos índios tupiniquins. Como todas as missões jesuíticas no interior do Brasil de então, esta tinha objetivos missionários e pretendia catequizar os índios locais, aproveitando-os também como força de trabalho para as fazendas que se foram criando na região.
Em 1607, as terras da aldeia passam para as mãos de Fernão Dias (tio do bandeirante Fernão Dias, o Caçador de Esmeraldas), mas, poucos anos mais tarde, em 1624, foram doadas à Companhia de Jesus. Em 1690, o Padre Belchior de Pontes iniciou a construção da Igreja do Rosário, transferindo, ao mesmo tempo, o núcleo da aldeia original. Já no século XVIII, entre 1730 e 1734, os jesuítas construíram a sua residência anexa à igreja, formando um conjunto arquitetônico contínuo de linhas retas e sóbrias. Mas, em 1760, por ordem da Coroa Portuguesa, os jesuítas foram expulsos do Brasil. A região fazia parte do antigo município de Santo Amaro, e posteriormente do município de Itapecerica da Serra. Embu foi elevada à categoria de município em 1959, quando se emancipou de Itapecerica da Serra.
Artes
A vocação artística da cidade começou a projetar-se em 1937, quando Cássio M'Boy, santeiro de Embu, ganhou o Primeiro Grande Prêmio na Exposição Internacional de Artes Técnicas em Paris. Já antes, no entanto, Cássio foi professor de vários artistas e recebia em sua casa expoentes do Movimento Modernista de 1922 e das artes em São Paulo, incluindo Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Alfredo Volpi e Yoshiya Takaoka.
A Cássio M'Boy, seguiu-se Sakai de Embu, que começou por ser discípulo de Cássio e veio a ser reconhecido internacionalmente como um dos grandes ceramistas-escultores brasileiros. Sakai forma um grupo de artistas plásticos ao qual pertence Solano Trindade.
Este chegou a Embu em 1962 e trouxe, consigo, a cultura negra, congregando um grupo de artistas em seu redor e introduzindo a tradição dos orixás.
A tradição artística da cidade institucionaliza-se e ganha projecção dentro e fora do Brasil em 1964, com o Primeiro Salão das Artes. Paralelamente, a partir dos finais dos anos 1960, a cidade passou a ser polo de atracção para hippies, que expunham os seus trabalhos de artesanato nos finais de semana, dando origem à Feira de Artes e Artesanato, que se realiza todos os fins de semana desde 1969 e que é um dos principais motores da projecção turística da cidade.
Nomenclatura
Em 23 de Outubro de 2009, o prefeito de Embu das Artes, Chico Brito, deu início ao processo para que Embu fosse, oficialmente, chamada de Embu das Artes. Em 25 de novembro, o prefeito e o vice deram início ao ato pró-plebiscito para a coleta de assinaturas.[12]
Para que o município recebesse o sobrenome "das Artes", foi necessária a realização de um plebiscito em que ao menos um por cento dos eleitores deveriam participar. O plebiscito foi anexado a um projeto de lei que foi enviada pelos poderes executivo e legislativo embuense para sanção do prefeito. Em seguida, o documento foi protocolado no Tribunal Regional Eleitoral, que convocou uma eleição para mudança do nome.[13]
Segundo o prefeito, a oficialização do município para Estância Turística de Embu das Artes foi para que a cidade tivesse sua identidade e que não fosse mais confundida com Embu-Guaçu.
As três primeiras assinaturas do abaixo-assinado foram de Chico Brito (prefeito de Embu das Artes), Annis Neme Bassith (um dos articuladores da emancipação do município) e Silvino Bomfim (presidente da câmara municipal), que declarou:
Isso é um desejo da população e dos vereadores. Dificilmente você vai encontrar alguém contra.— Chico Brito[12]
O abaixo-assinado passou por toda a cidade através da campanha Embu das Artes - Todo Mundo Quer, lançada pela prefeitura.
O plebiscito ocorreu em 1 de maio de 2011 e 66,48 por cento da população optou pela nova denominação.[14]
Em 6 de setembro de 2011, o governador Geraldo Alckmin sancionou a Lei Estadual 14.537/11, que, oficialmente, passou a denominar o município como Embu das Artes.[15]
Geografia
Situado no oeste da Grande São Paulo, o município tem os seguintes limites: a sudoeste, oeste e norte, com Cotia; a noroeste, Taboão da Serra; a sul, com o Itapecerica da Serra e o bairro paulistano de Capão Redondo.
Hidrografia
O sistema hidrográfico de Embu é dividida em áreas de três bacias principais, todas afluentes do Rio Tietê:
- Sub-bacia do Rio Embu-Mirim (40,80 km²);
- Sub-bacia do Rio Cotia (16,70 km²);
- Sub-bacia do Rio Pirajuçara (12,50 km²).
Estima-se que 59% do território encontra-se sob área de proteção aos mananciais, sendo o Rio Embu-Mirim (trata-se de uma extensão do Rio M'Boi Mirim) um dos principais contribuintes da Represa Guarapiranga.
Clima
O clima é tipo C, segundo a Classificação de Köppen, subtropical ou mesotérmico de latitudes médias e com grande quantidade de chuvas no verão. A região possui altitude média, juntamente com ilhas de vegetação de Mata Atlântica, que amenizam a temperatura.[16] O índice pluviométrico é de aproximadamente 1 530 milímetros por ano e a temperatura média anual gira em torno dos 18 °C, e.[17]
PopulaçãoDemografia
Dados gerais | Valores |
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Estatísticas
Dados | Valores |
---|---|
(Fonte: IPEADATA)
Índice de Desenvolvimento Humano
Dados | Valores |
---|---|
(Fonte: IPEADATA)
Infraestrutura
Abastecimento de água
Segundo a SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o município é abastecido por dois sistemas: o Guarapiranga e o Alto Cotia, este último contribui com o seu subsistema principal, utilizando águas do Rio Cotia, localizado a oeste de Embu.
Comunicações
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[20], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[21], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[22] para suas operações de telefonia fixa.
Transportes
O Embu é servido de redes rodoviárias. A malha prevê as ligações da cidade com a capital e demais municípios da sub-região. Composta por rodovias, vias arteriais urbanas e estradas (municipais/estaduais), tem a principal dentre essas vias a BR116 - Rodovia Régis Bittencourt, cruzando o território municipal de nordeste a sudoeste por uma extensão de 9,2 km.
Patrimônio Histórico-cultural
Capela de São Lázaro
Sua origem está ligada a uma imagem do santo São Lázaro esculpida em madeira pelo artista Cássio M'Boy nos anos 1920. A imagem atraiu grande número de devotos e, em 1934, foi construída uma capela para abrigá-la. Em 1969, a capela foi restaurada, aproximando-se das linhas da arquitetura jesuítica da igreja do Conjunto Nossa Senhora do Rosário.[23]
Museu de Arte Sacra
Sua arquitetura apresenta características do estilo barroco paulista e um acervo rico em imagens de anjos, santos e personagens bíblicos, quase todos entalhados em madeira, modelados em terracota ou em armações em roca, produzidas entre os séculos XVII e XIX.
A principal obra do museu é o "Senhor Morto", esculpido em uma tora de madeira, bem como as imagens de Nossa Senhora das Dores e da Santa Ceia, em roca, de autoria do Padre Macaré. As demais obras foram esculpidas pelos jesuítas e índios.[24]
Foi a primeira construção arquitetônica tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no Estado de São Paulo em 1938, passando por restauração posterior, pela mesma instituição nos anos de 1939 e 1941. O arquiteto responsável pelo projeto de restauro foi Luís Saia, sendo um arquiteto de destaque para o estudo e compreensão das primeiras intervenções de restauro no Brasil. O edifício também é protegido pelo CONDEPHAAT desde 1974.
Conjunto Nossa Senhora do Rosário
É formado pela igreja e pela antiga residência dos padres, conjugadas numa mesma edificação. Trata-se de uma das mais importantes construções jesuítas em São Paulo, caracterizadas pela simplicidade das linhas retas.
A igreja começou a ser construída por volta de 1700 pelo Padre Belchior de Pontes. A intenção era a de que ela tivesse capacidade para que os índios e vizinhos pudessem comodamente observar os preceitos a que estavam obrigados, como registrou o Padre Manuel da Fonseca no livro "A Vida do Venerável Padre Belchior de Pontes", diferentemente da antiga capela da fazenda de Catarina Camacho situada não muito longe dali.[25]
Centro Histórico
No Centro Histórico, encontra-se grande quantidade de galerias de arte, lojas de móveis rústicos e lojas de artesanato, bem como uma grande variedade gastronômica de comida típica brasileira e culinária internacional.[26]
Centro Cultural Mestre Assis do Embu
O Centro Cultural Mestre Assis do Embu oferece ao público, gratuitamente, acesso à arte, cultura e ao conhecimento. Ocupa, hoje, o histórico prédio da prefeitura. Nele, o público tem à disposição três salas para exposições e o auditório Cássio M’Boy, com capacidade para 150 pessoas destinado a palestras, recitais, espetáculos musicais e teatrais.
Instalada em frente ao Centro, fica a tenda Embu das Artes ao Vivo, onde artistas do município montaram uma extensão de seus ateliês, possibilitando ao público acompanhar em tempo real todo o processo criativo de pintores, escultores, ceramistas e forjadores da cidade.[27]
Símbolos
O Brasão de armas da cidade de Embu foi instituído em 19 de novembro de 1962, pela lei N°130. Abaixo, estão as características explicadas e justificadas segundo as leis:
- Escudo Português - Apresenta uma ponta arredondada, formato já consagrado pela heráldica de domínio, exalta os primitivos colonos portugueses do Embu.[28]
- Gibão Bandeirante de Ouro - Com o qual partiram de Embu para o ataque aos Jesuítas no sul e, depois, para a exagerada investida contra a corda arbitrária de Tordesilhas, encimados pelo emblema da Companhia de Jesus, IHS, com uma cruz e três cravos, localizado no terço superior do escudo, que corresponde ao pensamento: sede espiritual, que bem merecem os santos da catequese.[28]
- Tudo de Prata - Metal que simboliza a pureza.[28]
- Coroa mural de Ouro de quatro Torres Ameadas e sua Porta cada uma - Distintivo de armas municipais, em metal, e forma já fixados pela heráldica brasileira.[28]
- Timbre - O ponto de honra; acima da própria coroa, representa aquilo que se timbra em ostentar: "Cocar Indígena".[28]
- Cocar Indígena de Penas coloridas ao Natural - Referente aos primitivos aldeamentos de silvícolas: nobre semente do Embu.[28]
- Cartela Colonial do Século XVIII – Elemento inspirado na obra da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, servindo para fixar simbolicamente a data da fundação do Embu.[28]
- GENVINVM GENVS – expressão que, traduzida do latim, significa "raça genuína", "estirpe legítima". É uma referência ao clã mameluco formado sob o signo da Fé Cristã (o IHS da Companhia de Jesus).[28]
Administração
- Prefeito: Ney Santos (PRB) (2017/2020)
- Vice-prefeito: Peter Motta Calderoni (PMDB) (2017/2020)
- Presidente da Câmara: Hugo do Prado Santos (PSB) (2017/2018)
- Vice-Presidente da Câmara: Gilson Oliveira (MDB)
- 1º Secretário: Doda Pinheiro (PT)
- 2º Secretário: Índio Silva (Republicanos)
- 3º Secretário: Carlinhos do Embu (PSC)
Câmara municipal[editar | editar código-fonte]
A Câmara Municipal de Embu das Artes é constituída por 12 vereadores, nomeados a seguir[29]:
- Andre Maestri (PTB)
- Bobilel Castilho (PSC)
- Daniboy (Democratas)
- Doutora Bete (PTB)
- Edvânio Mendes (PT)
- Gerson Olegario (PTC)
- Gideon Santos (Republicanos)
- Jefferson do Caminhão (PSDB)
- Joãozinho da Farmácia (PL)
- Luiz do Depósito (MDB)
- Ricardo Almeida (Republicanos)
- Rosângela Santos (PT)